11 de mai. de 2009

bom, acho que eu decidi voltar pra cá, mesmo.
mas nada de noites inteiras aqui, por que não tenho mais net..

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de 10/05/2009:

E há muito eu não via a vida como ontem e hoje, faz tempo que eu não sentia algo tão forte e desesperador como a manhã de ontem.
romances sempre me fizeram sonhar, e musicas também. mas essas são duas das coisas que se perderam da minha vida nos últimos tempos.
e ontem, sábado frio e chuvoso, nove de maio de 2009, dia do show do oasis que eu quis muito ir, mas, como sempre, fui desanimada e desisti. eu passei o dia trancafiada no meu quarto, assistindo filmes e comendo debaixo dos cobertores, coisa que eu não fazia há anos.
filmes de comedia/romance/drama fazem muito mais bem pra minha alma do que ação/terror. e eu já tinha me esquecido disso. de como romantismo e amores que duram pra sempre são maravilhosos, mesmo que isso só exista em filmes.

algo muito valioso em mim se perdeu há algum tempo, algo que eu mal sei explicar, mas que bateu forte demais em mim. por meia hora.
meia hora que me fez querer ligar pra aquela amiga de lá de longe e dizer que eu iria sim passar o fim de ano com ela. meia hora que me fez pensar se vale mesmo a pena desistir de algo(no caso, show do oasis) só porque, pra alguns, é desperdicio de dinheiro, só porque alguns não gostam. quando eu ouvi Stop Crying Your Heart Out no filme eu chorei feito criança que não consegue o que quer. meia hora que me fez pensar se eu deivia ter prestado mais atenção naquele cara do sorriso super lindo que me mandou flores no dia 12 de junho, e que tinha tanto em comum que conseguia me dizer até o que eu estava pensando enquanto ele comia todo desajeitado e me falava das suas teorias de como ser feliz nesse mundo.

esse texto pode afetar muito alguns, mas como eu sei que isso tem quase zero de chance de acontecer..pelo menos comigo eu tenho que ser sincera. até porque eu mesma já não me encontro mais em meio a tanta superficialidade.

eu não me contento com o que eu tenho, eu preciso assumir que essa minha vida não é exatamente nada do que o que eu sempre quis, hoje eu vejo que um emprego sossegado de escritorio também não é o emprego que eu sempre quis, e que quando meus testes vocacionais mostravam que eu tinha jeito pra arte e trabalhos ao ar livre eles estavam certo. sabe, é tão chato não ver a luz do dia, é sufocante saber que o dia está frio com aquele solzinho, perfeito pra se encher de blusas e correr pro sol. era o que eu mais gostava no colégio.

poxa vida, que saudade do colegio, e da Dani, que compartilhava o mundo todo comigo, e eu com ela. que saudade da voz timida que conversava e da voz incrível que cantava musicas incrivelmente lindas na voz dela. e das nossas idéias mirabolantes sobre como queriamos viver. ela vai ser pra sempre e de longe a melhor amiga que eu já tive.
que saudade da Sol me aquecendo atras da biblioteca. daqueles filmes de sabado, daquele tapete que fazia cocegas, daquela voz rouquinha cantando A Lonely September até a gente dormir. eu nunca vou esquecer.. - and I didn't mean to fall in love, but i did, and you didn't mean to love me back but i know you did -..
e do Bruno, que perdia todas as aulas que eu quisesse pra me fazer cia. que me pedia conselhos o tempo todo sobre tudo o que ia fazer, que sempre encontrava algo melhor pra fazer no cinema, que acordou as 6 pra me ver em um dia comum e que me apresentou pra sua mãe de um jeito que eu nunca vou esquecer. e que se daqui a 10 anos a gente voltar a se encontrar, ele vai me apertar como só ele sabe fazer e conversar comigo com a mesma intimidade de sempre.
e teve mais, muito mais pessoas que vão sempre me fazer sorrir ou chorar toda vez que eu lembrar, alguns eu nunca mais vou ver, outros eu nunca vou deixar de ver poraí. mas esses três tem aquele valor todo especial pra mim.

e eu já me esquivei totalmente do assunto que me fez sentar aqui pra escrever.
...
o fato é que nada na minha vida vai bem, e eu sei disso. mas eu não tenho mais forças pra mudar nada. na verdade eu já não tenho mais coração pra ter uma vida sentimental saudável. o que faz meu namoro e meus amigos serem o que quer que sejam. que pra mim é indiferente.
dói sim, mas só dói. não me incomoda, não me faz chorar, não me desespera mais.

eu queria tanto ter meus amigos que viravam a noite no msn comigo, a Bru então, meu deus, que saudade dela.
e queria aqueles que passavam tardes todas matando aula nos cantos do colégio, na beira do lago, no topo da catedral e até em cemitérios.
é tão triste saber que nunca mais vai ser assim. até deprimente, eu diria.
mas de todos, desde a minha infância até hoje, e acredito que até o resto da minha vida, ninguém vai me fazer sentir nada parecido como o que aquele meu ex-namorado de net me fez sentir.
Rogério Figueiredo Silva. ele me deu tudo. foi comigo até o inferno e não saiu de lá sem mim. ele me fez querer viver até os 120 anos. me fez querer casar e ter uma casinha branca de madeira perto da praia, com ele eu planejei um vida toda. com ele eu nunca estive sozinha, nunca sequer me questionei sobre fidelidade ou sobre intensidade. só com ele eu senti aquelas tais borboletas no estomago, sabe? até o ciumes e a carencia física acabarem com tudo. mas foi lindo, e pra mim ele sempre vai ser o mais perto que eu já estive do paraíso.
queria muito aquela amizade, aquela intimidade e espontaniedade na minha vida de volta, mas pra ele não é mais tão facil. e ainda assim, nas poucas vezes que nos falamos, ele me conforta de alguma maneira. neoqeav, ep. :)

bem, agora me deixe dormir, que eu já matei a minha vontade de escrever.
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eu preciso fazer mais isso, descarrega, sabe.




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