30 de nov. de 2007

Olho fotos, conversas, mensagens, escuto músicas que me façam sentir algo fora dessa letargia, minha grande bolha de sentimentos que vazou, suspendeu tanto fora e além que disparou sem um adeus. Agora me preparo para a cerimônia, o fim, e já nem sei o que preciso sentir. Mais uma vez dentro do vazio escuro e denso em mim. A única vontade identificável dentre todas as submersas, a primeira e a última, é uma mancha que sobe e agoniza as entranhas, um horror sobre alguma coisa maior que eu e que arranha todos os meus vasos e sentidos. Sou dominada por essa força estranha e choro. Choro porque é a única saída. Porque o fato pressuposto aconteceu e não há lugar para conforto, para retornar, para esquecer, porque a verdade é tão desmascarada e crua, tão sem dó das coisas sentidas dentro de nós, que quando acontece algo assim ninguém mais nota, já é banal e seco, e todo mundo passou ou passará por isso um dia – a questão é viver. Viver é aguentar o peso crescente em cima das costas e continuar no caminho, na estrada desconhecida e sem fim do mundo, deparando-se com o pior – às vezes o melhor também – de todos, compreender-se (ao menos tentar), e quando a dor for imensa e não conseguir mais enxergar o caminho entre os apertos e o chão estiver arenoso e quente, chorar. Porque não há escolha. Nem refúgio.

30 de ago. de 2007



Tenho receio da calma. Do fim da música e da palavra: ditadura, loucura & pessoas. Medo de tudo se tornar igual em nós dois, a surpresa acabar, do gosto acostumar e da falta de assunto, o pouco interessante, o fim do frio que desce da espinha até lá embaixo quando penso em você, dessa vontade. Medo do pudor. Muita mesmice me dá medo. Me irrita.
Quando percebo que tá tudo bem demais, amor, eu surto – assim sem sentir, acontece e não volta, a angústia fica roendo a coisa boa, a tranqüilidade, então procuro sem pensar também uma falha pra suportar a rotina. Arranjo motivo e invento neuras, hipóteses, situações, sou criança na calma, ela me desequilibra baixinho até chorar, e já é tarde no final. Cuspo, quase sempre, desesperos que nem sei o que são. Talvez verdades, aquelas que ficam escondidas há tempos formando bolhas no pé, ou mentiras mesmo, coisas da minha fantasia e cabeça na tentativa de alguma coisa que também não sei o que é e que vive em mim. Mas surge e acaba natural.Quero fugir do óbvio (sem largar) e não prever o segundo seguinte. Quero beijo na escada rolante do shopping. Quebrar minha cabeça na parede do quarto, juntar os pedaçinhos e reconstruir diferente.
Estabilidade é uma palavra mansa, gosto dela, faz-me sentir segura – e apesar de enquadrar a calmaria, é como sol no inverno, me conforta. Acho que é esse o sonho de todas nós, nos sentirmos únicas. Sem as conseqüências, só o sentimento. Mesmo que nem sempre suporte esse todo.
São os meus momentos de Tpm, de anarquia, de cansaço da porra toda, de viver, não é só a calma ou você, sou eu nas minhas fases e faces, meus desejos intraduzíveis, que nem eu calculo. Essas mudanças... sou tudo e não sou nada.

Eu cansada de mim, inteira. A mesma. Contradição. Da vida espalhada e gasta, vindo aos poucos.

18 de jul. de 2007

querido bloguinho, comecei a trabalhar ontem, no meu primeiro emprego, e em dois dias eu não me esqueci um segundo do porque eu odeio pessoas e numeros. odeio, odeio, odeio.
e com tantas pessoas me pressionando eu não vou aguentar um mes sequer. nunca consigo fazer coisas que eu n quero, ainda mais forçada, e muito menos sorrindo.
vontade de que tudo exploda. :~

4 de jul. de 2007

Eu estou cansada, frustrada e exausta até a alma. Meu corpo não agüenta, meus olhos ardem e o estômago nem se quer tem força pra gritar. Vivo aqueles dias em que não se há mais nada para queimar. Os santos sentem vergonha de mim. Pouco importa, todo mundo precisa se sentir uma merda de vez em quando, uma ressaca moral que lave a alma ou que a carregue de vez.

É tão raro duas pessoas se entenderem nesse mundo - ou não - porque depois de muita coisa que se toma, bebe, cheira, mata e vive, a gente acredita em quem parecer legal na hora ou simplesmente naquilo que bem entender. Passei boa parte do meu tempo tentando te interpretar, que delicioso desperdício! Olhava para você para não olhar pra mim, nem se quer era por amor ou compaixão, quero dizer, nem era por causa daquela coisa que esquenta o sexo. Através de você eu enxergava tantas cores que estavam além de mim, é que você não é tão complicada assim, na verdade, acho que poucas doses diárias de carinho e atenção seriam o suficiente para fazer da sua vida algo que, realmente, valesse a pena. Eu nunca me contentei com isso, sempre perguntei demais, senti demais, por final acabei tendo o de menos.

14 de jun. de 2007

pessoas que desaparecem da tua vida e pessoas com quem voce fala te dizem que sonharam com voce, uns 5 no periodo de 2 dias

pessoas que voce acabou de conhecer, ex-namorados e amigos proximos todos de falam que voce e uma pessoa especial que mudou a vida deles, que so hoje perceberam quanto voce foi mais do que eles estavam prontos pra encarar. que nunca souberam apreciar a sua inteligencia ate hoje; mas que tambem entenderam que nunca vao entender tudo, por isso mesmo agradecem a oportunidade de estar por perto de voce, e so queriam na verdade que eu soubesse disso.

e sei la. tudo o que eu quero dizer, e que eu me olho no espelho e nao consigo me olhar nos olhos.

eu sinto que so sirvo pra mudar a vida das pessoas. eu me fascino com elas, elas comigo, elas fogem, eu choro, elas voltam meses depois achando que tudo bem elas terem desaparecido porque pediram desculpas de maneira maravilhosa e porque viraram fas. e eu deixo. e eu nao quero estar cercada de pessoas que eu nao confio. eu nao quero mudar a vida de ninguem. eu nao quero que mudem minha vida. eu quero so que alguem chegue perto e nao saia correndo. era de se pensar que isso nao fosse tanta coisa pra pedir de alguem. mas aparentemente e.

eu so existo pros outros, porque pra mim mesma, sou apenas uma pessima juiza de carater e ainda por cima retardada o suficiente para nao ter aprendido com os erros durante os ultimos 19 anos ou ate desistido.

cada vez que isso acontece, eu fico vazia. vazia. me escondo na carapuca e fico la dentro quietinha dormindo ate preencher tudo de novo.



12 de jun. de 2007

hoje vou contar uma história. quando eu tinha 15 anos, algo na minha cabeça estalou. não sei bem dizer o que foi, mas é o momento a partir de onde minhas memórias começam a parecer minhas ao invés de emprestadas de filmes, álbuns de fotos e histórias da minha mãe. you’re unique, they say, just like everyone else. é isso mesmo. exatamente isso. todos nós somos únicos, sabe? e por sermos, cada um de nós, únicos, somos todos iguais.

você tem alguma pessoa que você tem CERTEZA que pode contar? pro que der e vier? na riqueza e na miséria? fora de um casamento? pra mim é assim. eu quero poder escolher: você, eu acho que vale a pena, você não.

e é isso que eu queria. que as pessoas conseguissem entender esse meu ponto de vista e querer estar comigo também. queria que tivesse uma pessoa que olhasse pra mim e falasse “ok, vamos.” e pudessemos passar inúmeras tardes deitados um do lado do outro, sabendo que a solidão que nos assola é só meia solidão. que temos alguém ali do lado. e não há barreiras. e não há necessidade de ficar provando um pro outro que somos quem realmente somos. nem que somos engraçados. nem que somos qualquer coisa. porque no fim do dia, por mais que aprecie a solidão, eu não quero ter que dormir abraçada com um travesseiro.

eu não quero ser sozinha. eu quero poder passar muito tempo sozinha, mas no fim do dia ter a garantia de fazer parte de algo. e esse algo devia ser uma dupla. ele só precisa ser especial. ele precisa ter o brilho nos olhos que eu nunca tive. ele precisa ver as coisas daquele jeito que eu nunca consigo enxergar. eu preciso de alguém cuja capacidade descritiva resida inteiramente num olhar. eu preciso entender tudo vendo brilho nos olhos. e preciso que essa pessoa me faça sorrir. porque meus olhos não brilham, mas meu sorriso derrete corações (óh!). preciso que ele enxergue a beleza que eu nunca vi. e que eu queira agradecer do fundo do meu coraçãozinho de piche. eu queria poder fazer o mundo entender que eu sou uma nova pessoa. eu sou uma pessoa que dá risadas sem culpa e morre de saudades dele toda vez que sai de perto.

11 de jun. de 2007

Rafaela é uma garota de 19 anos que vai passar o dia dos namorados com o namorado (assim espero) pela primeira vez. Provavelmente dará o presentinho atrasado. Porque jurava de pés juntos que o dia dos namorados era só em julho.

8 de jun. de 2007

Para aqueles que gostam (quase) incondicionalmente
(ou ‘dez lições práticas sobre como esquecer momentos ruins’)


1.Vai, alisa as costas perfumadas do outro e fecha os olhos pra tornar o momento eterno por dois minutos.
2.Escreve quantas cartas forem possíveis, dedilha todas as sensações estranhas que está sentindo e manda pro endereço que anotou na agenda do ano passado com alguma esperança. (ou guarda só pra você mesma)
3.Gasta tempo procurando presente, telefona de madrugada, lembra sempre que estiver na chuva ou tomando café.
4.Deseja como se fosse o ultimo dia, como se fosse o último sobrevivente da raça humana, como se fosse a única pessoa sem escamas na pele e peçonha venenosa.
5.Acredita na raridade que envolve o outro, faz carinho na sobrancelha alheia como se estivesse diante dos reis da antiguidade.
6.Transforma o cartão apaixonado que ganhou ha meses atrás em peça supervalorizada em casas de antiguidade, mesmo que isso só funcione na sua cabeça.
7.Pisca brevemente quando ouve uma palavra em tom de mentira, dorme mais cedo quando estiver aborrecido.
8.Afia o facão e mata o velho dragão do medo, aquele que nos leva pra longe do que é bom e inesperado, que nos faz desistir do que se vale a pena.
9.E ama, infeliz! Porque amanhã pode ser tão tarde, tão longe e tão frio. Porque amanhã é outro ciclo, outra era, outra vida e a pessoa (ou você!) pode não estar mais aqui pra sorrir e dizer que ‘sim’.

[ eu sei, eram DEZ. a verdade é que fica duro falar do que não se entende muito bem: só sei que o melhor de tudo é o sangue fervendo, as coisas acontecendo. é. sendo assim, deixo a décima lição por conta de cada um, pra dar um quê de toque pessoal.

[ e ok, sabemos que essa maldição não tem regra alguma, vá lá. esqueça. porque isso tudo só te faz mais sensível e só te machuca mais. e disso eu entendo muito bem, sim.]



29 de mai. de 2007

As pessoas ainda estranham em ver o meu desgosto de fazer aniversário. - Imagine, você é tão jovem. Só tem 18 anos! - . Entendam, eu não gosto. Não gosto de fazer aniversário desde os 15 anos. Aqueles costumes de comemorar e presentear, como se fosse legal envelhecer. Tentam, ainda, agradar quem envelhece ou fazê-lo esquecer que, salvo este dia parecer só de um dono, todos envelhecem diariamente, minutamente, e não anualmente.
É chato fazer aniversário. É chato fazer festa de aniversário. Pior, então, ser alvo do maldito parabéns. Eu, pelo menos, nunca sei que o fazer nessas horas. Cantar? Sorrir? Me esconder? Eu tenho vontade de chorar.
Amanhã é meu aniversário. O telefone vai tocar logo cedo, minha mãe é a única pessoa que costuma me ligar no meu aniversário.dará os parabéns, dirá que eu preciso ter juízo, como todos os anos passados (como se ela participasse da minha vida).
O dia será igual, os pássaros não cantarão com mais vontade e o sol não brilhará mais que de costume. As pessoas me dirão parabéns, muitos anos de vida e juízo, hein? Eu vou sorrir, com vontade de chorar, e agradecer. Terei que responder com sorrisos aqueles engraçadinhos sem assunto que dizem “Qts anos mesmo?! Velhinha, hein HAHAHAHA!”, e ser simpática com as tias que vão dizer “Ó, como ela cresceu! Tá uma moça!”.
Ainda bem que a gente só faz aniversário uma vez por ano…

Estou envelhecendo e vocês me parabenizando. Fala sério, vocês gostam ou não gostam de mim?

27 de mai. de 2007

eu não sei se as coisas estão acontecendo naturalmente ou se é só pra me mostrar algo. devido a semana passada. mas o fato é que essa semana que passou foi muito boa. e so por causa dele. eu to feliz por ver que ele tá mais a vontade ao meu lado. isso tá me deixando mais a vontade também. sabe aquela impressão de que não querem ser vistos ao seu lado. impressão de que você só é importante quando jánão se tem nada mais de importante pra fazer? pois então, passou.
eu não quero sufocar, não quero prender, muito menos mandar. e eu espero mesmo que eu não esteja fazendo isso. denovo. e se não estiver, se tudo isso que eu tenho sentido e notado for realmente sincero, que dure muito. por que tá muito bom.
queria que meu xuxuzinho soubesse como ele importante já pra mim, como cada gesto, cada palavra dessa ultima semana me fez sentir bem.
andar abraçadinhos na rua, no mesmo passo, e ele me falando de como eu ando torto, pra me fazer esquecer do frio. o jeitinho manhosinho de ficar resmungando e gemendo no meu ouvido. o jeitinho de fazer bico por qualquer coisinha que aconteça. etc, etc, etc...

agora eu vou dormir porque tenho que acordar antes dele pra ir lá pular em cima dele as 8 da manha ;D




e eu tô bem viu, obrigada! ;)

24 de mai. de 2007

ai tá frio. tá muito frio. e vai ter mais \o/

hoje eu não vou reclamar de nada. porque eu acho que nem tenho do que reclamar hoje, porque foi tudo ótimo.
sabe aqueles dias em que você acorda e o mundo tá mais bonito? sai debaixo das cobertas e sente aquele friozinho. e isso te anima (talvez porque você seja uma á toa que não faz nada da vida dorme até as duas). pronto, já fiquei melhor o dia todo.
a minha noite foi melhor ainda. mais frio. mais roupas. abraços quentes. bochechas e narizes gelaados e vermelhos. mais abraços pra aquecer. até as luzes da rua pareciam mais bonitas hoje. e eu me senti tão importante hoje, tão amada, sabe? desde ontem eu tenho notado coisinhas que valem tanto pra mim. e isso realmente tá me deixando bem. e esse climinha ajuda em tudo. a vida fica mais bonita quando faz frio.
agora (1:38am) e to aqui enrolada no meu cobertor junto da minha cachorrinha pucca. ouvindo musiquinhas pops e antigas.
aperto no peito e vontade de chorar. sei lá, voltar no tempo. saudade, mas uma saudade boa, daquelas que você chora por ter sido uma época bonita.
sei lá, meu namorado me surpreendeu tanto hoje que me deixou assim. boba.
vou continuar ouvindo as musiquinhas bonitinhas agora e torcer pra que amanhã seja tão perfeito como foi hoje. :)

beijo pra mim mesma, já que só eu entro aqui.

até amanhã, bloguinho.

22 de mai. de 2007

alguém me leva pra lua? eu não quero mais ficar aqui.
eu quero minhas amigas, quero sair com elas, rir, beber. eu quero fazer coisas que eu gosto sem ninguém controlando ou me olhando com cara de "hã?".
eu quero ficar em algum lugar com alguém sem me preocupar se a pessoa não está gostando de estar ali comigo.
eu quero ficar em casa hoje, porque tá chovendo. mas eu quero que alguém me chame pra sair, porque esta com saudade de mim. porque essa tarefa sempre é minha.
eu quero ser pega por surpresas. quero visitas inesperadas. declarações de amor, porque eu não consigo me sentir segura. eu quero alguém que goste das mesmas coisas que eu pra gente sair, a dois, pra um lugar onde eu não tenha que cumprimentar ninguém. onde todas as pessoas sejam novas pra mim, pra eu não me constrangir.
eu quero voltar pra casa e ficar debaixo de cobertores com a janela aberta a madrugada toda, olhando a chuva e jogando conversa fora no telefone com algum amigo que eu não falo a algum tempo.
acordar com beijinhos doces de bom dia. passar a tarde remexendo em coisas guardadas, e velhas, recordando.
nostalgia.
.
eu não quero ver ninguém, eu não to bem. mas eu também to cansada de ficar sozinha.
se estamos juntos, que seja pra tudo, né?
eu sei que eu sou chata, e sem graça. mas agora vai ter que me aguentar.

e eu vou tomar banho pra ir pra aula porque já tô bem atrasada.
.


20 de mai. de 2007

é porque as pessoas quando gostam têm vontades. eu tenho as minhas, das quais não me envergonho por obedecer. é a única coisa que me move. é isso que mantém sana dentro desse infinito completamente sem sentido. o óbvio tá muito irracional, eu não entendo uma gota e não faço questão alguma de personificar conformidade. apesar de que, às vezes ela vem, e vem forte. pra me fazer vazia vazia no canto do canto do quarto, questionando se vale a pena todo o penar, sinceramente. eu tô tão cansada. daquele cansaço que você não sabe em que parte do mundo encontrar conforto que restaure o original. eu já vi tudo isso, gente, que náuseas. tu pensa que dessa vez vai ser diferente, se dedica, faz das tripas coração. e sim, a forma é diferente, mas resultado é o mesmo. igual. e repete, repete. não dá pra suportar esse carrossel eternamente, não dá.

não quero fazer parte da vida das pessoas, isso é muito vago. quero fazer parte delas essencialmente. fundamental. terrivelmente deliciosa e indispensável. pra quem isso soa demais, não tem razão em insistir. eu sei que eu sugo. sugo mesmo. e sugo avidamente, porque faz parte de mim e esse espaço que se reserva urge ocupação. como se estivesse incompleta, decapitada, mutilada sem aquilo. é sufocante, dá pra entender?

16 de mai. de 2007

aiai, hoje o dia tá tão gostosinho.. solzinho bom.
amanhã tem show da pitty. acho que é isso que tá me animando.

sabe ontem eu tava pensando..como é que pessoas de tão longe consegue ver exatamente como eu to, e pessoas do meu lado leem meu fotolog e acham estranho...

=/

14 de mai. de 2007

poxa eu tava assintindo doce novembro, no sbt.
não assisti até o fim, sei lá porque, mas ele tá na listinha de 10 filmes prediletos, com certeza.

hoje (ou ontem porque agora são 3:10a.m de segunda-feira) o dia foi tão chato... mas domingo sempre é chato. mas esse foi especialmente chato, tirando a madrugada passada que eu tive uma conversa legal com um coleguinha virtual meu. o resto foi uma bosta.

passei o dia pensando em como dizer pro meu namorado que ele não tá pronto pra um relacionamento serio, e que eu acho ele um menininho as vezes. sem magoa-lo. mas acho que é assim mesmo que eu vou falar amanha, porque acho que ele já esta bem magoado comigo. mas que que eu posso fazer? eu pelo menos to com a minha consciencia tranquila...

e conversar com a minha amiga hoje só me deu mais certeza de que não sou eu que to sendo egoista. e hoje ela me disse que sente minha falta. ela conseguiu me fazer sentir importante hoje como eu não me sentia há algum tempo. Daniela, com A, porra! ela é minha única amiga amiga mesmo. tá, ela nunca dormiu na minha casa, nem eu na dela. a gente nunca nem foi na casa uma da outra. mas convivi com ela durante dois anos. todos os dias. e isso fez dela a pessoa mais admirável aos meus olhos. e sim, ela é muito mais importante pra mim que qualquer outra. e eu tô feliz por ela. sempre torci por ela.

voltando ao terceiro trecho, eu to me sentindo um objeto. não descartavél. mas daqueles que precisam ser lavados antes de ser usado novamente. porque ficam meio nojentos após uso. sabe?
e ainda com hora pra ser usado.
mas o que fazer pra mudar isso? nada! eu sou bem boazinha, e eu vou estar lá bontinha quando você quiser. como se nada tivesse acontecido. como nova.
pode viver a sua vida como bem entender, porque quando precisar de mim eu vou estar lá. e eu vou te entender, vou te aceitar como voce é. porque eu tenho sentimentos. os que voce fere muito sem nem perceber, porque eu sei esconde-los. mas eu sei demonstrar muito bem quando são bons. e voce me faz sentir muitas coisas boas. eu só tô magoada demais pra falar deles agora.

e eu acho que só to escrevendo isso aqui porque sei que voce não vai ler e porque eu tenho q por pra fora de algum jeito.
:(

12 de mai. de 2007

eu to tão decepicionada com algumas coisas, que nem todos os momentos bons ao lado dele sao suficientes pra suprir isso.
poxa, eu não queria que fosse assim.
mas veja só, eu desde de o começo nunca disse que era perfeita. não é por que eu não falo sobre, que não me magoa, é só o meu jeito de te deixar melhor.
eu não gosto de mim mesma e não gosto de pessoas. e acho que as declarações anteriores deixam isso claro. e é claro, se eu sinto algum tipo de admiração remota (direcionada a mim mesma, de quem não gosto) por parte de alguma pessoa, essa pessoa torna-se instantaneamente menos respeitável do meu ponto de vista.
mas saber que alguem gosta de mim ainda é melhor do que saber que alguem (principalmente se o alguém for meu namorado) me acha estranha só por não gostar de falsidade, só por não ficar no meio de pessoas da qual eu não gosto.


eu acho que se a gente opina por ser amigo de uma pessoa, a gente tem que aceitar essa pessoa como ela é.
e mesmo que vc tenha crescido com alguem, não justifica você ter que conviver com essa pessoa pro resto da sua vida.
não gosta, se afasta e ponto. não fique falando mal pelas costas.

eu não sou assim, e eu não pretendo me esforçar pra ser também.
sabe lá deus o que andam falando de mim agora... dois amigos do meu namorado já vieram me chamar de anti-social.. e hoje que eu quis ficar com eles, ele* me disse que queria ficar só com os amigos. é, ele* que já discutiu comigo por eu não querer sair com ele e os amigos.
grande estimulo, né?

e tem muita coisa que eu quero falar, e já faz muito tempo que to aki tentando escrever...

tanto que desisti.






6 de mai. de 2007

poisé, nem parece, mas já fazem 2 meses.

lembro do primeiro beijo de dois meses atrás como se fosse hoje. não esqueço da primeira vez que te vi sorrir pra mim. do pedido de namoro seguido do primeiro Eu Te Amo. não me esqueço de todas as nossas primeiras vezes.
tenho na memória a primeira vez que vi seu rosto ao acordar, tão doce, tão preguiçosinho. e a sua cara ao me ver ainda descabelada, amassada. foi engraçado. um pouco constrangedor. e mágico após me dar o primeiro abraço me dizendo que eu era linda. eu quase acreditei em você.

adoro te observar, te conhecer, te decorar. você vai transpondo as coisas delicadamente e deixa sua marca nelas. você é aquela pessoa com quem eu passaria (e passo) horas, e até dias, e não me canso.
se eu estiver em um dia ruim eu sei que você vai estar lá no fim do dia pra me abraçar. daí as horas ruins vão se transformando, minutos ruins, depois só segundos, e de repente já é tempo de cantarolar outra vez.

eu te amo mais a cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundinho.





.

Vivo toda a minha curta vida no mesmo lugar, na mesma casa e tendo, basicamente, os mesmos colegas e vizinhos. De um tempo para cá, comecei a fazer um pequeno relatório estatístico com o grupo no qual cresci para tentar avaliar a influência dele sobre mim.

Com esta brincadeira, passei a entender algumas coisas sobre mim e percebi que eu sou um pouco diferente do que eu pensava ser. Também percebi um pouco os motivos de eu estar fora das minhas próprias estatísticas.

Não sei se isto é bom ou ruim, mas não é importante.

A única coisa que posso concluir é que eu sou uma pós-aborrescente que está seguindo o curso “normal” da vida, mesmo que minha família inteira esteja pensando o contrário.

Resolvi então achar outra ocupação e passei a me comparar diretamente com as minhas coleguinhas. Como eu não me lembro de praticamente nada da minha infância, terei que comparar justamente na parte mais significante: A adolescência.

Eu tive o problema de ter sido a primeira em quase tudo, mas isso eu nem vou comentar. E o fato de que eu, até os quase 18, não apareci com nenhum namoradinho em exibição pública acabou me rendendo uma fama infundada de ser lésbica e, junto com isso, uma série de boatos hilários que talvez eu os cite um dia, brotaram no imaginário das fuxiqueiras. Pra ajudar ainda mais, eu nunca fui um poço de feminilidade, principalmente na minha fase áurea da minha adolescência.

Como eu sigo uma filosofia de vida baseada no "foda-se" e no "faça, mas faça direito", tudo que eu fiz na vida, foi longe dos olhos da massa, ou seja, ninguém sabe de nada a não ser que tenha saído da minha boca. Eu quase sempre saia para longe dos arredores de casa, e justamente por isso ninguém me acompanhava e as poucas vezes que fiquei por aqui não foram das mais agradáveis. Bem, eu não tenho culpa de não gostar de qualquer porcaria.

Resumindo, as pessoas com as quais convivi paralelamente durante a vida toda, tem uma visão um pouco distorcida sobre a minha pessoa. Sinceramente, eu adoro isso. Meu lado egocêntrico sabe que eu sou um pouco menos medíocre do que aquelas que vivem apenas da vida alheia. Porém, minha parte egocêntrica passou a ser assim depois que percebi que eu sofria um puta preconceito das minhas próprias coleguinhas.

Eu nunca me achei bonita e nunca fui do tipo gostosona. Popular, muito menos, porém eu supri a minha “deficiência” com outras coisas que resumirei em uma única palavra: Conteúdo. Eu realmente não me acho mais inteligente ou superior às outras, mas elas se incumbiram de me taxar desta forma. Eu não me incomodo. Não tenho culpa se elas não sabiam falar de outras coisas que fugiam da tríade modinha-meninos-compras. Não tenho muito saco para futilidades extremas e sinceramente, durante muito tempo eu me achava “a mais careta” da turminha, mas com o tempo percebi que eu não era nenhuma moralista ou romantiquinha, apenas não via vantagem nenhuma em ficar com meio mundo. Por causa disso, eu era excluída em muitas ocasiões. Isso contribuiu para que eu aprendesse na marra a sair sozinha, mas por outro lado serviu para mostrar que eu não dependia delas e não era obrigada a fazer algo que eu realmente não gostava para ser aceita num grupo. Eu demorei um pouco para ver tudo isso, mas foi uma lição nunca esquecida. Então passei a ser vista negativamente por elas, justamente pela minha concepção de “noite boa” ser completamente diferente.

Depois deste besteirol todo que não chegou a lugar algum, percebo que eu sou tão humana e falha como qualquer pessoa, completamente influenciada pela opinião alheia. Aprendi agir sempre na defensiva e desta forma formei minha atual personalidade. Sei que tenho muito para aprender e evoluir como pessoa e, essencialmente, buscar a felicidade assim, exatamente como eu sou.

3 de mai. de 2007

aiai eu to tão cansada.
ontem fui dormir as 6a.m. pra acordar hoje as 11a.m
e agora, 1:34 to aqui sem sono, pra acordar daqui a pouco pra ir pro médico.
odeio médico, odeio hospital. arrrghh
bom que minha prima vai comigo (porque eu não sei chegar lá sozinha) e o tempo passa mais rápido com ela. depois comer alguma besteira na rua.. horas conversando besteiras. to com saudade dela. faz tempo que a gente não tem tempo pra conversar.

nem sei porque vim postar só isso..mas tá, né.





16 de abr. de 2007

ai eu nem sei escrever hoje, nem sei o que eu quero dizer..
to querendo alguem pra conversar, mas eu não tenho mais amigos, eu não confio mais em ninguém.
to agoniada aqui. 2:34am e eu vou tentar dormir, mas já sei que vou rolar na cama (machucando mais ainda meu mamilo que tá doendo e incomodando demais mesmo) até as 4 e vou voltar pra net. ficar até as 5:30am tentando escrever algo aqui e provalvelmente ir dormir sem conseguir falar nada do que eu queria.
acabei de saber que o pai de um amigo meu morreu, eu fico mal quando essas coisas acontecem. tá, eu nem tenho pai e mal tenho mae. mas essas coisas mexem demais comigo. eu vou tentar ver ele amanhã, ou essa semana ainda.
e outro amigo meu se jogou do predio por que a namorada deixou ele. ele devia ter pulado de mais alto, só conseguiu quebrar uma perna. rsrs. ridiculo. se quer morrer faz direito pelo menos.

mas tem coisas boas acontecendo também, e o melhor é que é comigo.
passei de um relacionamento pra outro muito rapido, as vezes eu fico bem perdida. mas eu to adorando tudo que tá acontecendo. eu já tinha me esquecido de como é bom ter alguém assim. pra andar de maos dadas na rua, ficar namorando até tarde. ver filmes abraçadinhos...são coisas tão boas e que me fazem sentir tão bem. tá td tão lindo que chega a dar um pouco de medo. mas eu jurei que não ia deixar medos, complexos, traumas e nem nada atrapalhar mais, e nao vou. não vou me deixar levar pelo coração tambem. eu sei que hora ou outra vou ficar triste e/ou vou me decepcionar. sei que tudo pode acabar. mas não vou deixar de viver nada porisso. to me entregando á ele, to me arriscando e to sendo feliz, pelo menos quando ele ta do meu lado.
depois eu vou falar disso. to falando agora porque to pensando nele, porque queria ele pra dormir abraçadinho comigo.

3:03 já e eu aki ainda.
mas to indo dormir já
mais uma semana começando, a mesma coisa. tudo de novo.

3 de abr. de 2007

eu sou mesmo muito acomodada, e eu gosto de ficar sozinha. mas ontem me disseram que eu não gosto de pessoas e eu me senti um alien. eu não gosto mesmo de pessoas, de aglomerados humanos. todo mundo é tão superficial, tão falso. são pouquissimas as pessoas de quem eu realmente gosto, com quem eu realmente me sinto bem. e sim, eu prefiro ficar sozinha ao ter que fingir um sorriso pra alguém, conversar sobre coisas que não me interessam nem um pouco.

parece que todo mundo quer ser aceito, e faz o que for preciso pra isso. pessoas que a três anos atrás gostavam de musica sertaneja, eram contra as drogas, homofóbicas, que condenavam garotas que com 13/14 anos já não eram virgens. são as mesmas pessoas que hoje se dizem indies, acham que são especiais por conhecerem toas as bandas de rock alternativo do mundo (ou pelo menos todas que aquele carinha super foda do myspace gosta). todos usam algum tipo de droga, e falam isso se gabando ainda. todos são bi ou pelo menos já beijaram alguem do mesmo sexo. e adoram causar, adoram ser chamados de bitches. todo mundo diz que tem estilo proprio, mas o estilo proprio de todo mundo é igual, as roupas são iguais, os cabelos sao iguais, os piercings e tatuagens. e só conversam com pessoas que sejam tão fodasticos quanto eles. mas isso é só até a moda mudar, porque daí eles também vão falar mal de pessoas assim.

eu não gosto de falsidade, e não gosto d ser falsa também. até sou sociavél e costumo inspirar confiança. mas não é porque eu te ouço e te ajudo que eu goste de você. se eu gostar eu vou dizer. eu tenho poucas amizades. e menos ainda são as que eu considero. eu não vejo porque ter mil amigos, dizer que ama a todos. eu não amo, e não acredito que as pessoas amem todo mundo que dizem amar também. e nem que a pessoa que ouve isso acredita também. como vou amar uma pessoa que eu só sei o nome? como vou amar uma pessoa futil, egocentrica?
prefiro mesmo ser estranha e me trancar no meu quarto ao invés de ter que conviver com pessoas e ainda por cima ter que fingir que eu to gostando.

claro que eu tenho pessoas importantes, claro que se não fosse meus amigos eu estaria louca agora, claro que eu adoro ficar com eles, mas gosto de pessoas que gostem de nada, como eu. que consiga ficar do meu lado sem falar nada por horas sem se sentir mal porisso, que pense comigo: ai meu Deus, olha fulano, tomara que ele não me veja aqui.

não gosto de pessoas, porque pessoas são medíocres. talvez eu também seja. mas quem disse que eu gosto de mim?

28 de mar. de 2007

de repente tudo aquilo que durante tanto tempo pareceu tão importante passou a ser uma futilidade totalmente dispensável e risível. o exato momento em que isso aconteceu, eu não saberia dizer. deve ter sido numa sexta feira qualquer, enquanto esperava um ônibus, para chegar em casa. assim, entre uma ligação que eu esperei e nunca chegou e um presentinho e um abraço de alguem que eu não conheço muito bem; tudo mudou. mas pode também não ter sido. a verdade é que não sei, mas sextas feiras sempre me pareceram o dia mais fosco de todos. as pequenas mentiras que eu me contava para que os dias parecessem bonitos de repente sumiram todas. eu posso dourar a pílula quanto eu quiser. no fim, a verdade vai continuar sendo amarga.

tudo o que saiu da boca dele nessa semana, devia ter saído há anos. não dias, horas. mas anos de atraso, entende? existe perdoável. eu podia ter feito vista grossa e fingido que quando falamos aqueles para-sempres todos era verdade. mas não era. não amo mais, o que é uma grande pena, afinal das contas, ele pareceu estar pronto para continuar planejando nossos planos e seguindo o mesmo rumo que há tanto tempo abandonamos.
engraçado, como “tudo que eu queria” se tornou em “pfffts” no decorrer dos anos. bom, também; bastante bom. se não eu estaria ainda sonhando e me enganando com coisas que eu, na verdade, sabia há muito que seria impossível. é um grande consolo saber que eu vou poder te ver e me sentir bem. vai demorar um tempo, eu sei. mas eu vou. e esse dia eu vou sentir um alívio absurdo. da mesma maneira que isso tudo começou, num dia qualquer, vou sentir o alívio de quando um soluço interminável termina e você não percebe. vou sentir o alívio de quando uma dor de cabeça passa e você esquece que disse que nunca queria sentir tanta dor assim. só um alívio. de saber que eu posso querer outra coisa. e que talvez eu consiga. e se eu não conseguir? bom.. aí eventualmente eu vou acabar não querendo mais. boas ou ruins, é bom saber que as coisas passam.

minha amiga diz que sou fria. imagine, não sou. e amor acaba sim. amor desgasta e perde a graça. aí você me diz: então não era amor. e eu te respondo com convicção: era amor sim. foi amor. um amor lindo, eu diria. mas acabou. o amor acabou. não assim, da noite pro dia, mas acabou. as coisas foram acontecendo… a gente se acostumou e por muito pouco não se detestou. e eu não fui uma falsa, mentirosa e filha da puta por isso. há quem duvide do amor que senti, mas eu amei, e sofri demais quando acabou também. mas relacionamentos se desgastam, isso é fato. pior é empurrar com a barriga, achando que amanhã o amor vai nascer de novo. pior é querer ficar junto só porque você acha que jamais vai encontrar um homem que te ame mais que ele. pior é ficar junto só porque ele chora bonitinho dizendo que te ama quando você diz que não quer mais. pior é ficar por pena e medo de se arrepender. porque, cá pra nós, se você se questiona sobre o amor é porque não ama. então, não tem porque ter medo de se arrepender. vai doer. você vai sentir saudade, como eu ainda sinto. e em certos momentos vai até pensar que fez a escolha errada. mas vai passar, como tudo passa. você vai descobrir que o amor pode acontecer mais vezes em uma vida. de diferentes formas, é claro. e quando encontrar a pessoa certa, vai ver que todos aqueles amores passados foram apenas pontes que serviram pra te encaminhar pro teu verdadeiro lugar.