26 de set. de 2011

Mais Rock, por favor?

Estou tentando dizer algo sobre esse Rock in Rio há meses. Me indignou, me revoltou, me deu vontade, falei mal, falei bem. Mas o choque mesmo veio agora que eu vi a Claudia Leite dizendo que Essa noite é nossa! e sair voando.. WTF?
Quem teve a idéia de por essa mulher naquele palco?
Quem é que pode pensar que quem gosta de Metallica também gosta de Glória?
Quem é que pensa que quem gosta de rock vai assistir Ivete Sangalo e Shakira?

Uma vez que o Rock não tem lugar em festa de peão e nem no carnaval, esses estilos também não são bem vindos em um festival mundial de ROCK!
Sou a favor de NxZero, Glória, Fresno, MPB, Detonautas, Pitty. Mas no Palco Mundo, só bandas mundialmente conhecidas, faz sentido, não faz?
Sambinha, pagodinho, axé..não gente, isso tá errado.
Eu cheguei a ouvir : "Mas Rafa, pensa, se eles não colocarem essas coisas (Claudia Leite) não dá público"
E QUE CARALHO DE PUBLICO VAI PAGAR 500 REAIS PRA VER CLAUDIA LEITE E IVETE SANGALO?????????


Fãs de Motorhead e Metellica que assistiram o show do Glória (embora tenha sido a melhor noite)
Fãs de Red Hot que assistiram NxZero (mas eu iria pelo Snow Patrol)
E SOAD, Guns e Evanescence..públicos totalmente diferentes...mas que na minha adolescencia eu conseguia conciliar...eu já gostei mesmo de Pitty, Evanescence, System e Guns na mesma época, e não acredito que isso seja tão ridiculo só pra mim...
O resto das noites nem merecem comentários. Podiam pelo menos ter colocado Coldplay com Snow Patrol..

Cadê Marylin Manson, Korn, A Perfect Circle, Placebo, Foo Fighters, Radiohead, Deftones, 30 Seconds To Mars, Iggy Pop, Slash, Rolling Stones, Blink, Green Day, Muse, Linkin Park, QOTSA..Cadê?
É tanta variedade já dentro do Rock, pra que cagar desse jeito com Shakira, Kesha, Rihanna, Maná, Milton Nascimento..pra que???

ROCK IS DEAD.

Pronto, cabei.

25 de jan. de 2011

Meia hora de atraso do meu voô, meia hora a mais de lagrimas, ansiedade e nervosismo. Uma hora nas nuvens e -Oi São Paulo, acho que tô perdida?!

Uma hora e meia de ônibus, sendo apresentada sedutoramente a cidade da garoa. Ele com um olhar lindo, uma voz deliciosa falando baixinho perto do meu ouvido, toda vez que se inclinava apontando algum lugar lá fora.

Chegamos em Campinas e eu não pude evitar pedir um lugar ao lado dele, mas não deu. Tomamos um café, trocamos nomes e histórias, olhares e sorrisos, um beijinho daqueles de cantinho na boca e um abraço caloroso pra dizer tchau, apesar de dividir o mesmo voô.

Dez horas no avião querendo que ele viesse até mim. Mas tive boa cia no avião também. Uma geologa com carinha de adolescente indo visitar o marido fora do país. Eu quis ir visitar uma pessoa também, cheguei a sonhar nos minutos que deu pra dormir.

O nascer do sol visto do céu é lindo, tudo de lá de cima é lindo. Cruzeiros, ilhas a sombra das nuvens no oceano..tudo.

Dez horas depois, eu lá perdida no aeroporto atrás das minhas malas até ouvir um -Precisa de ajuda? que me deu um frio na barriga ainda maior do que quando o avião decola. Ele lá todo charmoso e agasalhado com um café na mão. Ficou comigo até nossas malas aparecerem, segurou meu rosto com as duas mãos, me de um beijo na ponta do nariz e um demorado na bochecha enquanto suas mãos desceram pelos meus braços até segurarem as minhas. Eu queria ele ali por horas daquele jeito. Meu deu outro daquele abraço forte dele, dizendo que queria me levar pra Madri com ele..eu quis dizer -Me leva, eu vou sim! mas me contive a um sorriso e um beijo, na ponta dos pés, no nariz dele também e outro abraço pendurada nos ombros dele. Fiquei ali até ele sumir lá adiante na multidão, olhando pra trás a cada passo.

Professor de geografia na USP a noite, negocio próprio colocando telas de proteção em janelas e quadras durante o dia, sedutor, viajante ( de conhecer meio mundo mesmo) e eu ali, deixando ele ir emboa, boba (ou escapando de ser sequestrada e prostituida, vai saber).

Só sei que me senti num romance de filme.

E porque ele me disse que eu caio sempre e sempre no mesmo assunto. Mas que diabos, por que nada que escrevo que não seja sobre você não me soa verdadeiro? Eu não ligo, viu. Seja feliz. Com ela, sem ela. Você quem decide. Eu só quero aprender a escrever sobre outra coisa que não seja você. Hoje eu vim pra dizer, de novo, que a vida tá boa, é sério. E mesmo que eu fique repetindo e repetindo tudo isso, toda hora, é verdade. Porque você nunca lê nada, não me interessa você saber de nada. Mas eu fico feliz, por estar feliz sem você. Tanta, tanta coisa aconteceu que eu realmente nem acredito nessa felicidade. Tá tudo fácil demais. Chega ser estranho.

Até quem não te conhece, até mesmo meus novos amigos sabem de você. Seja por uma música e pelo meu comentário idiota de como aquele cheiro me lembra você. Ou alguém com nome igual, eu solto aquela piadinha ridícula dizendo o quanto quero distância de pessoas com esse nome, só pra poder falar de você.

Ele disse que estou presa à você (?), porque vivi minhas maiores experiências com você. Como assim? Que viadagem isso! Eu saio e me divirto. Volto pra casa, deito com a cabeça no travesseiro e durmo feliz, sem tristeza! Mas eu não sei escrever e nem não lembrar de algo que não seja sobre você... É uma bosta, sabe. E algumas vezes ele me pergunta coisas sobre você, diz que é pra nunca fazer nada igual. Mas incomoda, eu sempre engasgo, acabo mudando de assunto. E o mais curioso é que sou sempre eu quem inicia a conversa.

Esses dias ele me perguntou o que eu diria, se depois de quase trezentos e sessenta e cinco dias eu te encontrasse de novo. Sabe o que eu respondi? Vai tomar no cu. É! Acredita? Ele não. E eu também, pra ser sincera. Acho que te daria um abraço forte, sem dizer nada. Mas seria quase impossível essa aproximação, depois de tanta coisa que aconteceu. Então eu simplesmente faria cara de nem-ligo, e fingiria que nunca te conheci. Sei lá...

Eu quis ser sua amiga, lembra? Eu quis sim!Eu gostava de te fazer rir, e cuidar de você e dizer coisas pra te deixar todo vermelho de vergonha.E eu juro que fui embora pra proteger você.