31 de out. de 2006

não quero que você me faça chorar. não quero que você seja um motivo ruim na minha vida. você é motivo de sorrisos. não quero te odiar. não quero falar mal de você pros outros. pras minhas amigas. quero falar mal de você como quem ama. sabe. eu quero dizer isso. que o máximo de irritação que você me provoca é me acordar de manhã falando bobagens que parecem ser importantes no celular. não quero que você me largue. não quero te largar. não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. e eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os outros. é só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. dessa vez, com você, eu queria que desse certo. que eu não soubesse que você me engana. que eu não te largasse pelos meus medos. que eu não te visse com outra. que eu não tivesse raiva. que você gostasse e cuidasse de mim como disse ontem à noite que cuidará. eu quero que dê certo, não estraga, por favor. não estraga não estraga não estraga. mesmo que acabe semana que vem. nunca destrua o meu carinho por você. nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, diz que me ama. me deixe um dia, se quiser. mas me deixe te amando. é só o que eu peço.

26 de out. de 2006

é. ultimamente andei pensando demais em mim mesma, na minha vidinha. e me dei conta de que estou ficando grandinha... estou com a idade que eu sempre sonhei em ter. 18 anos! sempre sonhei com meus 18 anos: fazer aquela festa de 15 anos que eu preferi deixar pros 18, dirigir poraí com meu próprio carro, faculdade (mesmo não sabendo até hoje o que eu quero), encontrar o grande-amor-da-minha-vida. morar sozinha, ou com uma melhor amiga. ter uma família pra visitar aos domingos. e ter um emprego também, porque eu podia jurar que com 18 anos eu seria dona do meu próprio nariz.
bem, mas não é bem assim que eu estou hoje, passei meu aniversário trancada no quarto, sem querer ver ou ouvir alguém. meu unico meio de transporte é o público, mas eu até gosto, quando o busão não está lotado, lógico. faculdade? eu estou prestes a reprovar pela segunda vez o 2° ano. o grande-amor-da-minha-vida eu encontrei, tenho certeza. não exatamente como eu esperava, mas do jeito que eu sempre quis. mas também o perdi, ou estou quase, e não estou fazendo nada por ele. e eu sequer tenho uma melhor amiga, não como eu queria. e também não tenho uma família, e as pessoas que me importam estão longe, beeem longe mesmo. mas tenho uma cachorrinha. e eu morro de fome se depender de mim mesma pra algo.
o problema é que desde que eu comecei a sonhar com tudo isso eu deixei de viver, desde os meus14/15 anos tudo que eu pensei foi que com 18 tudo mudaria, tudo seria perfeito.
eu fui longe demais pensando essas coisas, longe demais mesmo. dá vontade de morrer pensando no que eu fiz, ou não fiz. passei a adolescencia toda imaginando coisas, sonhando com situações, inventando outras.vivendo de sonhos, sonhos que realmente estavam bem longe da minha realidade. e agora estou perdida, eu mal sei como agir perante as situações que as vezes eu imaginava, e eu não tenho um pingo de maturidade.
...
agora eu poderia ter tudo que eu passei todo esse tempo sonhando, podia mesmo, se eu tivesse feito algo pra isso. mas agora só consigo pensar no tempo que perdi, em tudo que perdi. eu não tenho nada, nada!
tenho vontade de conversar sobre isso as vezes, mas não suporto conselhos, odeio perder tempo falando de mim pras pessoas, porque elas não vão poder fazer nada mesmo.
porisso o blog. vou falar e falar e falar sempre que quiser, ningém vai ter que ler.