14 de jun. de 2007

pessoas que desaparecem da tua vida e pessoas com quem voce fala te dizem que sonharam com voce, uns 5 no periodo de 2 dias

pessoas que voce acabou de conhecer, ex-namorados e amigos proximos todos de falam que voce e uma pessoa especial que mudou a vida deles, que so hoje perceberam quanto voce foi mais do que eles estavam prontos pra encarar. que nunca souberam apreciar a sua inteligencia ate hoje; mas que tambem entenderam que nunca vao entender tudo, por isso mesmo agradecem a oportunidade de estar por perto de voce, e so queriam na verdade que eu soubesse disso.

e sei la. tudo o que eu quero dizer, e que eu me olho no espelho e nao consigo me olhar nos olhos.

eu sinto que so sirvo pra mudar a vida das pessoas. eu me fascino com elas, elas comigo, elas fogem, eu choro, elas voltam meses depois achando que tudo bem elas terem desaparecido porque pediram desculpas de maneira maravilhosa e porque viraram fas. e eu deixo. e eu nao quero estar cercada de pessoas que eu nao confio. eu nao quero mudar a vida de ninguem. eu nao quero que mudem minha vida. eu quero so que alguem chegue perto e nao saia correndo. era de se pensar que isso nao fosse tanta coisa pra pedir de alguem. mas aparentemente e.

eu so existo pros outros, porque pra mim mesma, sou apenas uma pessima juiza de carater e ainda por cima retardada o suficiente para nao ter aprendido com os erros durante os ultimos 19 anos ou ate desistido.

cada vez que isso acontece, eu fico vazia. vazia. me escondo na carapuca e fico la dentro quietinha dormindo ate preencher tudo de novo.



12 de jun. de 2007

hoje vou contar uma história. quando eu tinha 15 anos, algo na minha cabeça estalou. não sei bem dizer o que foi, mas é o momento a partir de onde minhas memórias começam a parecer minhas ao invés de emprestadas de filmes, álbuns de fotos e histórias da minha mãe. you’re unique, they say, just like everyone else. é isso mesmo. exatamente isso. todos nós somos únicos, sabe? e por sermos, cada um de nós, únicos, somos todos iguais.

você tem alguma pessoa que você tem CERTEZA que pode contar? pro que der e vier? na riqueza e na miséria? fora de um casamento? pra mim é assim. eu quero poder escolher: você, eu acho que vale a pena, você não.

e é isso que eu queria. que as pessoas conseguissem entender esse meu ponto de vista e querer estar comigo também. queria que tivesse uma pessoa que olhasse pra mim e falasse “ok, vamos.” e pudessemos passar inúmeras tardes deitados um do lado do outro, sabendo que a solidão que nos assola é só meia solidão. que temos alguém ali do lado. e não há barreiras. e não há necessidade de ficar provando um pro outro que somos quem realmente somos. nem que somos engraçados. nem que somos qualquer coisa. porque no fim do dia, por mais que aprecie a solidão, eu não quero ter que dormir abraçada com um travesseiro.

eu não quero ser sozinha. eu quero poder passar muito tempo sozinha, mas no fim do dia ter a garantia de fazer parte de algo. e esse algo devia ser uma dupla. ele só precisa ser especial. ele precisa ter o brilho nos olhos que eu nunca tive. ele precisa ver as coisas daquele jeito que eu nunca consigo enxergar. eu preciso de alguém cuja capacidade descritiva resida inteiramente num olhar. eu preciso entender tudo vendo brilho nos olhos. e preciso que essa pessoa me faça sorrir. porque meus olhos não brilham, mas meu sorriso derrete corações (óh!). preciso que ele enxergue a beleza que eu nunca vi. e que eu queira agradecer do fundo do meu coraçãozinho de piche. eu queria poder fazer o mundo entender que eu sou uma nova pessoa. eu sou uma pessoa que dá risadas sem culpa e morre de saudades dele toda vez que sai de perto.

11 de jun. de 2007

Rafaela é uma garota de 19 anos que vai passar o dia dos namorados com o namorado (assim espero) pela primeira vez. Provavelmente dará o presentinho atrasado. Porque jurava de pés juntos que o dia dos namorados era só em julho.

8 de jun. de 2007

Para aqueles que gostam (quase) incondicionalmente
(ou ‘dez lições práticas sobre como esquecer momentos ruins’)


1.Vai, alisa as costas perfumadas do outro e fecha os olhos pra tornar o momento eterno por dois minutos.
2.Escreve quantas cartas forem possíveis, dedilha todas as sensações estranhas que está sentindo e manda pro endereço que anotou na agenda do ano passado com alguma esperança. (ou guarda só pra você mesma)
3.Gasta tempo procurando presente, telefona de madrugada, lembra sempre que estiver na chuva ou tomando café.
4.Deseja como se fosse o ultimo dia, como se fosse o último sobrevivente da raça humana, como se fosse a única pessoa sem escamas na pele e peçonha venenosa.
5.Acredita na raridade que envolve o outro, faz carinho na sobrancelha alheia como se estivesse diante dos reis da antiguidade.
6.Transforma o cartão apaixonado que ganhou ha meses atrás em peça supervalorizada em casas de antiguidade, mesmo que isso só funcione na sua cabeça.
7.Pisca brevemente quando ouve uma palavra em tom de mentira, dorme mais cedo quando estiver aborrecido.
8.Afia o facão e mata o velho dragão do medo, aquele que nos leva pra longe do que é bom e inesperado, que nos faz desistir do que se vale a pena.
9.E ama, infeliz! Porque amanhã pode ser tão tarde, tão longe e tão frio. Porque amanhã é outro ciclo, outra era, outra vida e a pessoa (ou você!) pode não estar mais aqui pra sorrir e dizer que ‘sim’.

[ eu sei, eram DEZ. a verdade é que fica duro falar do que não se entende muito bem: só sei que o melhor de tudo é o sangue fervendo, as coisas acontecendo. é. sendo assim, deixo a décima lição por conta de cada um, pra dar um quê de toque pessoal.

[ e ok, sabemos que essa maldição não tem regra alguma, vá lá. esqueça. porque isso tudo só te faz mais sensível e só te machuca mais. e disso eu entendo muito bem, sim.]