26 de out. de 2006

é. ultimamente andei pensando demais em mim mesma, na minha vidinha. e me dei conta de que estou ficando grandinha... estou com a idade que eu sempre sonhei em ter. 18 anos! sempre sonhei com meus 18 anos: fazer aquela festa de 15 anos que eu preferi deixar pros 18, dirigir poraí com meu próprio carro, faculdade (mesmo não sabendo até hoje o que eu quero), encontrar o grande-amor-da-minha-vida. morar sozinha, ou com uma melhor amiga. ter uma família pra visitar aos domingos. e ter um emprego também, porque eu podia jurar que com 18 anos eu seria dona do meu próprio nariz.
bem, mas não é bem assim que eu estou hoje, passei meu aniversário trancada no quarto, sem querer ver ou ouvir alguém. meu unico meio de transporte é o público, mas eu até gosto, quando o busão não está lotado, lógico. faculdade? eu estou prestes a reprovar pela segunda vez o 2° ano. o grande-amor-da-minha-vida eu encontrei, tenho certeza. não exatamente como eu esperava, mas do jeito que eu sempre quis. mas também o perdi, ou estou quase, e não estou fazendo nada por ele. e eu sequer tenho uma melhor amiga, não como eu queria. e também não tenho uma família, e as pessoas que me importam estão longe, beeem longe mesmo. mas tenho uma cachorrinha. e eu morro de fome se depender de mim mesma pra algo.
o problema é que desde que eu comecei a sonhar com tudo isso eu deixei de viver, desde os meus14/15 anos tudo que eu pensei foi que com 18 tudo mudaria, tudo seria perfeito.
eu fui longe demais pensando essas coisas, longe demais mesmo. dá vontade de morrer pensando no que eu fiz, ou não fiz. passei a adolescencia toda imaginando coisas, sonhando com situações, inventando outras.vivendo de sonhos, sonhos que realmente estavam bem longe da minha realidade. e agora estou perdida, eu mal sei como agir perante as situações que as vezes eu imaginava, e eu não tenho um pingo de maturidade.
...
agora eu poderia ter tudo que eu passei todo esse tempo sonhando, podia mesmo, se eu tivesse feito algo pra isso. mas agora só consigo pensar no tempo que perdi, em tudo que perdi. eu não tenho nada, nada!
tenho vontade de conversar sobre isso as vezes, mas não suporto conselhos, odeio perder tempo falando de mim pras pessoas, porque elas não vão poder fazer nada mesmo.
porisso o blog. vou falar e falar e falar sempre que quiser, ningém vai ter que ler.

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